A Colina da Guia é conhecida em chinês por “Colina dos Pinheiros”, de acordo com a ideia de que antigamente ali proliferava esse tipo de árvores. Não só é o ponto mais elevado da Península de Macau, como também é considerada uma das Oito Melhores Paisagens de Macau. Devido à sua localização geográfica, esta colina constituiu um importante bastião para a defesa militar da cidade.
Na sequência de eventos internacionais de grande complexidade, incluindo as duas Guerras Mundiais, o Governo Português de Macau mandou construir um grande número de instalações militares na Colina da Guia, a fim de preparar o território para a guerra, dando assim origem a um sistema de defesa de considerável dimensão.
O sistema de defesa da Guia abrange torres, fortalezas, estruturas e túneis militares, quartéis, entre outras instalações. Na Cronologia da História de Macau, de Beatriz Basto da Silva, pode ler-se que em 1931, "Sob orientação do Alferes Cunha, assassinado durante a 2.a Grande Guerra, deu-se início à construção de uma grande fortificação subterrânea nas Colinas da Guia e da Penha, sendo aí colocadas, depois de terminadas as obras, peças de artilharia de costa de 12 e 15,5 polegadas”. Na Guia, três túneis formam uma rede que cobre todo o sistema de defesa, tendo estes sido usados como atalhos entre as várias instalações militares e servindo igualmente como abrigos antiaéreos, bem como para aquartelar tropas, resistir a ataques marítimos e terrestres, armazenar provisões, entre outros fins.
Dos três complexos existentes, os Complexos A e B encontram-se actualmente abertos ao público. Em particular, o Complexo A é formado por um só caminho que se estende sob o Farol da Guia, a um nível regular, ao longo de 52 metros. Com uma única entrada e uma única saída, este túnel estava equipado com um gerador eléctrico e incluía uma sala de descanso e um tanque de combustível. À entrada, encontra-se gravada na parede de cimento a inscrição “1931”, o ano da construção do túnel. Por sua vez, o Complexo B é mais longo do que o Complexo A, estendendo-se ao longo de cerca de 456 metros. Este túnel abrange uma sala de armazenamento e um paiol, dispondo ainda de engrenagens, cordas e outros equipamentos destinados a içar armas e munições. Contendo um grande número de entradas e saídas, o complexo forma uma rede que conduz em todas as direcções. No seu interior, encontra-se ainda uma mesa de pedra que servia de plataforma de observação, bem como uma escada de pedra que dava acesso ao quartel da colina. Os três complexos de túneis militares facilitavam o transporte de armamento e serviam de apoio às tropas aquarteladas na Colina da Guia, constituindo assim os “vasos sanguíneos” de todo este sistema militar.
A área envolvente dos túneis era considerada área militar de acesso restrito, sendo constantemente vigiada e estando rodeada de vedações de arame assinaladas com a inscrição “Zona de Restrição Militar”, a fim de impedir a aproximação de estranhos. A maioria dos soldados aqui aquartelados vinham de colónias ultramarinas portuguesas, como Moçambique e Angola, possuindo cada qual o respectivo número, uniforme e regulamentos a cumprir. Mais tarde, as tropas começaram a retirar-se do quartel e dos túneis, sendo a área militar de acesso restrito aberta ao público na década de 1970.
Endereço: Rampa da Guia
Horário de funcionamento:
Túnel Militar da Guia - Complexo A: 10:00-17:00 (Encerrado às Segundas-feiras. Aberto nos restantes dias da semana, incluindo feriados)
Túnel Militar da Guia - Complexo B: 15:00-17:00 aos Sábados e Domingos (Visita guiada obrigatória)
Para mais informações:
É favor ligar para o n.º (853) 8399 6699, durante o horário de expediente.
E-mail: WebMaster.MH@icm.gov.mo
Capacidade:
Túnel Militar da Guia - Complexo A: máximo de 15 visitantes por visita.
Túnel Militar da Guia - Complexo B: máximo de 15 visitantes por visita.
Entrada Gratuita