Organizado pelo Instituto Cultural, o 22.º Festival Fringe da Cidade de Macau encerrou no final de Janeiro. Transformando a cidade num parque artístico, o festival apresentou, este ano, mais de 50 sessões de eventos variados ao longo de 12 dias consecutivos e reuniu mais de uma centena de artistas para explorar a possibilidade de combinar diferentes ideias e espaços, quebrando assim as limitações espaciais para a arte e infundindo vitalidade artística infinita nas comunidades. Tem-se registado uma taxa de bilheteira de 80%, com a participação de cerca de 8 mil pessoas. O programa “Festival de Circo Contemporâneo” foi muito bem acolhido pelo público, atraindo mais de 3.200 pessoas para participarem, na Antiga Fábrica de Panchões Iec Long e ajudando a impulsionar o fluxo de pessoas na zona.
“Crème de la Fringe: Festival VeterARTES” explorou o talento artístico dos idosos através de actuações em palco, workshops, seminários e exibições de filmes, permitindo aos idosos expressarem-se e partilharem as suas histórias e ideias através da criação artística e melhorando a compreensão e a comunicação entre diferentes gerações. O novo formato do festival foi bem acolhido tanto pelos artistas como pelo público. “Crème de la Fringe: Festival de Circo Contemporâneo” apresentou as artes circenses num ambiente carnavalesco na Antiga Fábrica de Panchões Iec Long por meio de espectáculos, actuações de rua e competições de acrobacia e malabarismo para diferentes gostos, proporcionando a forma mais simples e directa de alegria ao público.
Muitos dos programas tiveram em vista o enriquecimento espiritual através da expressão artística. Em Adeus, e até Breve, a criadora contou, por meio da sua voz interior, a história de como ela e o seu animal de estimação faziam companhia um ao outro. Em Viagem à Porta de Casa, o público seguiu os passos dos bailarinos para passear pelo Jardim da Flora e mergulhar na energia positiva da Natureza. Música à Solta na Cidade levou o público a olhar para a paisagem cultural de Macau e para as suas comunidades e a sentir o calor e as texturas da cidade. Além disso, a “Exposição de Arte para Todos”, uma mostra participativa, teve lugar na Antiga Fábrica de Panchões Iec Long, uma zona revitalizada, e no Parque Urbano da Areia Preta, proporcionando uma plataforma para o público exibir a sua criatividade e o seu talento, tendo sido recebidas 130 obras. No “Fringe Chat”, vários críticos de arte de Macau e de regiões vizinhas partilharam com o público as suas ideias e opiniões sobre os programas, a fim de promover o intercâmbio artístico nas respectivas disciplinas. Em “Intercâmbio Fringe: Contacto com Outros Festivais”, vários planeadores de eventos partilharam as suas ideias sobre curadoria de festivais de arte e critérios de selecção de programas, disponibilizando informações práticas para artistas e grupos artísticos locais.
Promovendo o conceito “Todos ao redor da Cidade, os nossos palcos, os nossos espectadores, os nossos artistas”, o Festival Fringe da Cidade de Macau incentiva os profissionais das artes a introduzirem a criatividade artística na comunidade, tirando partido das características de Macau como cidade de pequena dimensão e apresentando espectáculos em locais não convencionais, abrindo assim a porta ao público para o mundo da arte.As entidades de apoio aos locais da presente edição do Festival Fringe foram a Laika Land, o Centro Ji Cing do Povo, a Pier 16 – Property Development Limited, a Macau Fisherman’s Wharf International Investment Limited e a Broadway Macau.